Aos poucos, a Internet
das Coisas está tomando conta de tudo que nos cerca. Temos a Casa Inteligente cuidando do nosso
dia-a-dia; temos a Cidade Inteligente cuidando dos nossos deslocamentos
e agilizando os serviços que o poder público nos presta; temos a Indústria
4.0 permitindo melhor produção e menor custo; temos a Internet das Coisas cuidando de nossas colheitas e rebanhos. E por
aí vamos, encontrando a Internet das
Coisas conectando sensores, atuadores e seres humanos em praticamente todas
as atividades do nosso dia-a-dia.
Mas a Internet das
Coisas é só um meio de conexão e ela precisa de uma parceira para realmente
ser “diferente”. Ela consegue uma quantidade gigantesca de dados e consegue
estar eu quase todos os lugares, mas falta algo. O que fazer com esta gigantesca
colheita de dados que a Internet das
Coisas nos oferece?
Temos a Inteligência Artificial, algo ainda meio
estranho para muitos, que tem como premissa básica simular um processo de
aprendizagem. Para isso, de forma simplista (me perdoem os experts), esta inteligência
recebe dados de um lado, tenta achar uma relação entre eles, acha que entendeu
e gera um resultado. Este resultado é então comparado com o resultado que
aqueles dados geraram no mundo real. Esta avaliação permite à inteligência artificial
“afinar” sua forma de “pensar”, até ir acertando cada vez mais. A partir daí,
esta inteligência agora pode “prever” o resultado a partir de um conjunto de
dados, passando a ser a Inteligência Artificial.
Mas para que esta Inteligência Artificial se torne
inteligente, ela precisa treinar muito e errar muito. E, como nunca sabemos o
que realmente pode influenciar nos resultados do mundo real, quanto mais
abrangente o conjunto de dados mais eficiente esta inteligência acabará sendo.
Então, a Inteligência Artificial precisa de muitos dados
e de forma abrangente. E quem tem isso? Acertaram! A Internet das Coisas.
Então, se eu puder pegar os dados da Internet das Coisas, tratá-los e validá-los através das técnicas de
Big Data e alimentar nossa inteligência artificial, ao final teremos o que
queremos! Uma Inteligência Artificial bem treinada e de forma rápida!
Mas, vou lhes contar um segredo: isto não é nenhuma
novidade. A tal Inteligência Artificial vem sendo usada há muitos anos, mas
sempre dedicada a assuntos bastante técnicos e longe do nosso dia-a-dia. Um de
seus grandes custos sempre foi obter os dados de forma confiável e abundante e
isso normalmente levava um bom tempo para ter esses dados colhidos e validados.
A Indústria Química, por exemplo, utiliza a Inteligência Artificial no controle
de seus processos há um bom tempo (para alguns tinha outros nomes, como
Sistemas Neurais ou Lógica Fuzzy, mas, grosseiramente, era a mesma coisa).
Mas a Internet das
Coisas, ao entrar em nossas vidas através das Casas Inteligentes e das Cidades Inteligentes, permitiu que
a Inteligência Artificial começasse a olhar para cada um de nós, mortais
seres humanos.
E agora a Inteligência Artificial pode se relacionar
conosco no dia-a-dia, nos ajudando e trazendo benefícios e, conforme o título
deste post, nos ajudando em nossas atividades.
Imagine que na semana que vem você tem uma reunião em outra
cidade e tem que acordar bem cedo para pegar um voo. Isto significa que na
véspera você vai ter que deixar a mala pronta, dormir cedo, e acordar bem
cedinho. Mas, e se você se esquecer de alguma coisa? Mandou lavar o casaco? Desmarcou o jantar semanal com sua mãe? Colocou o despertador para tocar?
E onde a Internet das
Coisas e a Inteligência Artificial podem lhe ajudar?
Lembre-se que você mora
em uma Casa Inteligente, que é a
mais atual forma de pertencer a este mundo de Internet das Coisas e Inteligência Artificial. E toda Casa Inteligente tem uma assistente virtual,
que é o elo entre você e este mundo tecnológico.
Sua assistente aprendeu ao longo do tempo seus hábitos e
costumes. Sabe a hora que você costuma acordar, acompanha sua agenda de compromissos
e até espiona seus emails para saber se tem algo de importante. E ela viu um
email com a sua reserva de voo. Então, ela sabe que você vai viajar!
Apesar de não estar marcado na sua agenda, ela sabe que toda
semana você janta com sua mãe e na semana que vem este jantar seria na véspera
da sua viagem. Então, ela lhe pergunta se quer que ela avise sua mãe de que você
não poderá ir e se quer que ela tente marcar uma nova data. Você diz a ela que
não precisa, que você mesmo liga, mas pede que ela volte a lembrá-lo disso na
segunda-feira.
Ela também viu que seu destino é uma cidade com temperaturas
baixas e lhe avisa com certa antecedência caso queira mandar lavar o casaco de
frio (ela sabe quanto tempo a lavanderia demora e lhe avisa com bastante antecedência).
E, obviamente, o acorda no dia da viagem no horário adequado,
já com o café pronto e com as últimas informações de seu destino colocadas na
tela do seu espelho inteligente.
Sua viagem está estimada para durar três dias e sua assistente
sabe o hotel que você vai ficar e já entrou em contato com eles para garantir
que seu quarto seja em um andar alto, virado para as montanhas.
Assim que você sair, ela vai apagar as luzes, desligar o
aquecedor de água, colocar a geladeira em modo viagem e vai monitorar de perto
qualquer consumo de água, eletricidade ou gás que seja fora do esperado para
uma casa vazia.
E ela vai saber quando você está voltando e reativar a casa
um pouco antes, para que você a encontre pronta e aconchegante.
Ah... ela viu que você estará numa cidade onde você consegue
encontrar aquela pimenta caseira que você tanto gosta e que é difícil de achar.
Ela vai lhe avisar onde encontrar, e quando você chegar de volta no aeroporto ela
vai lhe enviar a lista dos demais ingredientes que estão faltando caso você queira
preparar aquele prato que usa aquela pimenta caseira.
E o que foi preciso para que a assistente fosse tão útil? Você
precisou investir um pouco em ter uma Casa
Inteligente, é verdade!
Mas, o mais importante é que você confiou nessa tecnologia e
deixou que essa inteligência usasse seus dados para que ela pudesse aprender
seus hábitos e preferências! E pode ficar tranquilo! Como você escolheu uma
empresa idônea e responsável para ser seu elo com a Inteligência Artificial,
seus dados estão protegidos!
O exemplo acima tem um pouco de ficção, é verdade, mas a
ficção está apenas na parte de que todas as informações estejam disponíveis e
todos os canais de troca desta informações estejam liberados; talvez o hotel não
esteja ainda preparado para conversar com sua assistente; talvez o supermercado
não tenha colocado seu estoque online, mas outros colocaram. A Inteligência
Artificial já está presente e a assistente virtual é para todos (o Google
Assistant está presente nos celulares Android e IOS de graça, por exemplo). O que
falta é um pouco mais entendimento dos benefícios para que mais dados e informações
estejam disponíveis.
Abrace esta ideia, invista em ter uma Casa Inteligente e tire proveito da Inteligência Artificial!
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