De forma simplificada:
Sensores coletam
dados do que acontece ao seu redor e os enviam a uma base de dados na nuvem,
seja diretamente ou através de gateways. Alguns destes dados podem ir direto a
outro equipamento para que os utilize em seus processos de decisão.
Atuadores
esperam por comandos que venham de algum lugar na nuvem, com as permissões corretas
para, em seguida, checar se as condições locais estão corretas e então obedecer
a estes comandos.
Gateways recebem
dados de sensores locais, enviam comandos a atuadores locais, enviam dados e
comandos para a nuvem e recebem dados e comandos da nuvem. Também estão
processando as informações localmente para tomar decisões e também para saber
comandar seus atuadores locais se perderem a conectividade com a nuvem.
A nuvem
coleta dados de sensores através de uma quantidade qualquer de gateways ou até
diretamente destes sensores, armazena estes dados, trata-os buscando validá-los,
aglomerá-los e “entendê-los”. Esta mesma nuvem executa lógicas complexas que
utilizam os dados, tanto em tempo real quanto já armazenados, e define ações
que devem ser tomadas de forma a se atingir algum objetivo definido na sua programação.
Simples,
não? Esta é a Internet das Coisas.
Mas, é só
isso?
Não exatamente,
e nem percamos tempo com discussões sobre protocolos e redes de comunicação,
assuntos sempre discutidos quando falamos de IoT.
Vamos falar
de Lego®. Sim, daquele
conjunto enorme de blocos dos mais variados formatos e cores, que serve para criarmos
praticamente tudo de mais maluco que nossa imaginação possa conceber.
Pois bem,
considere que os dados que temos vindo de todos os sensores da Internet das Coisas são as peças de
Lego. Pensando nas peças, vemos que todas se encaixam uma na outra sem
dificuldades, com qualidade e com firmeza. Nosso protocolo está pronto e funcionando.
Podemos começar
a separar as que estão quebradas, amontoá-las por cor, tamanho, forma ou função.
Nosso Big Data está funcionando.
Podemos avaliar
quantas de cada tipo e cor temos. Com isso não nos metemos a montar coisas e
descobrir que não temos a quantidade necessária de peças ou e acabamos tendo
carrinhos com janelas opacas. Estamos pondo em prática o Data Analytics.
Mas, e
agora? Fazer o quê com as peças? Aqui precisamos de criatividade e imaginação. Não
é necessário conhecermos a composição química dos materiais plásticos que foram
utilizados, nem como o encaixe foi concebido, nem a engenharia necessária para
fabricar todas essas peças.
Podemos, então,
seguir as instruções que vêm na caixa (se as acharmos e as entendermos) e
montamos as sugestões do fabricante.
Mas também podemos
deixar as regras e receitas de lado e inovar:
Este será o
segredo do sucesso e dos benefícios da Internet
das Coisas. Precisamos de pessoas e entidades criativas e imaginativas para
pensar “fora da caixa” e vislumbrar aplicações realmente novas e disruptivas. Estas
pessoas e entidades não precisam vir do mundo da tecnologia, não precisam
conhecer a fundo os bits e bytes da Internet, não precisam nem saber programar.
Precisam olhar o todo, ver o caminho, “desenhá-lo” e saber comunicá-lo aos
executores tecnológicos.
Não é a
tecnologia que transforma o mundo. É o que fazemos com a tecnologia que nos
transforma e com isso, transformamos o mundo ao nosso redor.
Ótima a comparação com o LEGO e melhor ainda a chamada à ação do final, que lembra que não somente pessoas do mundo da tecnologia poderão ser peças-chave para seu aproveitamento. Qualquer um com uma boa ideia na cabeça poderá usar a os instrumentos tecnológicos, seja direta ou indiretamente, para criar inovações de sucesso.
ResponderExcluir