Estava lendo um artigo publicado recentemente na internet
sugerindo três empresas nas quais pode valer a pena investir.
Não vou aqui dar dicas de investimento, vou simplesmente
abordar os motivos relacionados à IoT
que teoricamente valorizariam estas empresas. É importante entender que o
artigo (que pode ser lido neste link)
foca o mercado americano.
A primeira empresa é a IBM.
A principal argumentação é que a IBM já está investindo há alguns anos em IoT, mesmo que de forma velada, mas
seguramente não tímida. Diz o artigo que a IBM já investiu algo perto de 3 bilhões
de dólares, sendo que 2 bilhões foram para a compra da empresa The
Weather Company. Ela também recentemente inaugurou seu centro de IoT na Alemanha e lançou no mercado sua
plataforma de IoT chamada Watson.
Colocando tudo isso junto, vemos que a IBM não pretende
ficar de fora deste mercado e que pretende entrar com veemência. A compra da The Weather Company indica que ela
adquiriu uma ótima plataforma para testar sua capacidade de tratamento de
dados, já que The Weather Company
recebe (segundo o artigo) algo como 26 bilhões de requisições de análise de
dados por dia.
A segunda empresa é a Best
Buy. Segundo o artigo, empresas como a Best Buy tem sofrido perdas de
receitas devido à facilidade com que se compra atualmente eletrônicos sem a
necessidade de tocar e ver os produtos. Com isso, o cliente deixa de ir à loja
física e a Best Buy deixa de vender produtos agregados e serviços como extensão
de garantia e suporte à instalação.
Com a IoT,
acredita o autor, os compradores deverão voltar às lojas físicas para conhecer
melhor os produtos, tirar suas dúvidas e perder o medo inicial de novas
tecnologias. Com isso, a Best Buy, entre outras, voltaria a ter a proximidade
do cliente para a venda de produtos e serviços adicionais. O autor vê ainda a
possiblidade de acordos entre a Best Buy e fabricantes para já embutirem algum
nível de suporte local da Best Buy no preço de venda de seus produtos.
A terceira empresa é a Xilinx.
Já ouviu falar? Eu confesso que eu não a conhecia pelo nome. Esta empresa é
fabricante do que o mercado chama de field
programmable gate arrays (FPGAs), algo como soluções eletrônicas que podem
ser programadas (e reprogramadas) após instaladas e não necessariamente durante
a fabricação ou em laboratório. Estas soluções são especialmente importantes em
inícios de ciclos tecnológicos, trazendo dois importantes diferenciais: como
podem ser usados para uma variedade muito grande de aplicações, bastando mudar
a programação, podem ser produzidos em larga escala; e como permitem que os
dispositivos de campo sejam reprogramados remotamente, podem se adaptar às
mudanças que as tecnologias emergentes seguramente sofrerão sem o desperdício de
equipamento ou a necessidade de visitas para troca de chips.
Como fator que corrobora este destaque, a Intel pagou, em
2015, 17,6 bilhões de dólares por uma concorrente das Xilinx, a Altera.
Então, como podem ver, uma gigante da computação, uma
gigante do varejo e uma quase pequena da indústria eletrônica parecem ser apostas
de investimento para 2017.
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