Em um evento recente as operadoras de telecomunicações que
atuam no Brasil expuseram suas visões e planos para o mercado de Internet das
Coisas (IoT). Você pode ler o artigo
que relata os posicionamentos da Vivo, TIM, Embratel e OI neste link.
O que me chamou a atenção é que nenhuma delas pensa
seriamente no consumidor final da casa inteligente. Eles pensam em
agronegócios, indústrias, varejo, carros e cidades inteligentes, mas não citam
as coisas que aparecerem todos os dias nas notícias da Internet, como os Amazon
Echo e Google Home e seus companheiros como termostatos, fechaduras e lâmpadas,
todas “inteligentes”.
Me chamou a atenção, também, que elas não estão em acordo
quanto à tecnologia de rede a ser usada para a comunicação entre os
dispositivos e a transferência de informações paras as nuvens IoT. Três apostam na NB-IoT, mas uma delas
busca uma solução alternativa, que seja mais eficiente e mais com a cara de exclusividade
da IoT.
Em uma coisa as quatro empresas concordam: a adoção da IoT no Brasil não será num ritmo
frenético e explosivo e sim cadenciado.
E é neste conjunto de opiniões e planejamentos que vejo as
boas notícias:
- Buscando o mercado empresarial as operadoras acharão quem pague pelos investimentos, e nós, clientes finais deste processo, nos beneficiaremos de empresas mais eficientes e de uma infraestrutura que será montada às custas delas (obviamente, continuamos no final da cadeia de pagamento e com certeza contribuiremos indiretamente com estes investimentos)
- O ritmo cadenciado deve evitar que o Brasil comece a querer inventar e adotar padrões próprios, vício antigo que sempre tivemos. Não só as operadoras locais aprenderão com os erros pelo mundo afora, mais afoitos, como poderão adotar padrões já aceitos pelo mercado com clientes ávidos por usá-los.
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