07 abril 2017

Nossas Operadoras Esquecendo de Nós, o que é Ótimo

Em um evento recente as operadoras de telecomunicações que atuam no Brasil expuseram suas visões e planos para o mercado de Internet das Coisas (IoT). Você pode ler o artigo que relata os posicionamentos da Vivo, TIM, Embratel e OI neste link.

O que me chamou a atenção é que nenhuma delas pensa seriamente no consumidor final da casa inteligente. Eles pensam em agronegócios, indústrias, varejo, carros e cidades inteligentes, mas não citam as coisas que aparecerem todos os dias nas notícias da Internet, como os Amazon Echo e Google Home e seus companheiros como termostatos, fechaduras e lâmpadas, todas “inteligentes”.

Me chamou a atenção, também, que elas não estão em acordo quanto à tecnologia de rede a ser usada para a comunicação entre os dispositivos e a transferência de informações paras as nuvens IoT. Três apostam na NB-IoT, mas uma delas busca uma solução alternativa, que seja mais eficiente e mais com a cara de exclusividade da IoT.

Em uma coisa as quatro empresas concordam: a adoção da IoT no Brasil não será num ritmo frenético e explosivo e sim cadenciado.

E é neste conjunto de opiniões e planejamentos que vejo as boas notícias:
  • Buscando o mercado empresarial as operadoras acharão quem pague pelos investimentos, e nós, clientes finais deste processo, nos beneficiaremos de empresas mais eficientes e de uma infraestrutura que será montada às custas delas (obviamente, continuamos no final da cadeia de pagamento e com certeza contribuiremos indiretamente com estes investimentos)
  • O ritmo cadenciado deve evitar que o Brasil comece a querer inventar e adotar padrões próprios, vício antigo que sempre tivemos. Não só as operadoras locais aprenderão com os erros pelo mundo afora, mais afoitos, como poderão adotar padrões já aceitos pelo mercado com clientes ávidos por usá-los.
Esperemos apenas que as operadoras se lembrem de que existe um cliente doméstico, interessado em usar tecnologias modernas, mas que quer um serviço flexível, de qualidade e fornecido com a responsabilidade de segurança, privacidade e disponibilidade que a Internet das Coisas vai exigir.

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