04 abril 2017

Tiro pela Culatra?


Os assistentes virtuais estão aí, fazendo sucesso e atraindo a atenção de todos. Na verdade, eles começaram há muitos anos; o primeiro que eu me lembro era aquele do Office da Microsoft em 1997, aquele clips que falava com a gente (e que foi um fracasso!).

Hoje temos alguns bem famosos como o Siri da Apple, o Alexa da Amazon, o Cortana da Microsoft e o Assistant da Google. E temos muitos outros fabricantes trazendo ao mercado seus assistentes, seja para usos bem específicos, seja para atender a uma variedade de usos.

Até o Windows 10, na sua mais nova versão, a Creators, colocou um assistente virtual para o processo de instalação!

É aqui que temos uma situação interessante, um princípio de modelo de negócios que está trazendo alguns desafios, principalmente para a Google.

A Apple lançou o Siri; com isso fortaleceu sua plataforma de Iphones. Ela aproveitou o gancho para se embrenhar mais a fundo no mercado de “Smart Homes”, trazendo alguns fabricantes para seu ninho e oferecendo uma solução bastante completa. Ela conseguiu, através do seu assistente virtual gratuito, alavancar seus negócios.

A Amazon já partiu para a comercialização direta dos seus produtos com seu assistente virtual Alexa embutido. Além da comercialização direta, conseguiu também alavancar uma série de serviços e ofertas do seu site principal, diretamente conectado à Alexa. Assim, pretende dar um caminho natural ao usuário, que é utilizar a Amazon para suas compras de forma mais fácil e mais de impulso, já que a assistente vai direcionar o usuário naturalmente para finalizar as compras. A Alexa também abriu para a Amazon todo o mercado de “Smart Homes”.

A Microsoft tem o Cortana, e hoje seu principal papel é não ficar atrás da concorrência, dando ao seu sistema operacional ares de modernidade, e ainda tendo como uma vantagem a ser explorada os últimos avanços onde teremos um sistema único tanto para PC´s e notebooks quanto para Smartphones e tablets.

Mas e a Google? Cada vez que um usuário prefira fazer uma pergunta a algum assistente virtual ao invés de pesquisar no Google, ela perde público da sua maior geradora de receitas: a ferramenta de buscas. E quanto maior o sucesso do seu Google Assistant, maior a perda de receita que ela terá!

Tudo bem que ela está também colocando no mercado produtos focados no “Smart Home”, mas com certeza há uma perda que ela terá que gerenciar e ser muito inventiva para reverter.

Será que teremos algo como “patrocinadores” de informação nos assistentes? Algo como

“Technos, o suíço mais pontual do mundo informa a hora certa”?

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