Enquanto os grandes discutem, os práticos realizam. Z-Wave Alliance levando a automação residencial mais perto da Internet das Coisas
O mundo da Internet
das Coisas interessa a praticamente toda indústria e toda grande empresa no
ramo da tecnologia. E esta mesma IoT
exige que que estas empresas entrem em acordo em uma série de questões técnicas
para que exista uma real conectividade automática entre os mais variados tipos
de dispositivos. Para que a IoT dê
certo todos os dispositivos devem falar entre si naturalmente, sem a
necessidade de grandes parametrizações ou horas de engenharia.
E, buscando esta convergência, há hoje uma série de
alianças, consórcios e grupos trabalhando para definir, desenvolver,
documentar, divulgar e fomentar o uso de um determinado conjunto de padrões,
cada um defendendo seus esforços.
Eu diria que há hoje cinco grandes forças em ação. Por um
lado, temos algumas empresas trabalhando de forma individual, entre elas a Apple, a Amazon e a Google, cada uma
delas tentando ser a dona dos padrões a serem usados na IoT e tentando desde já transformar os esforços em receita.
E, visando esta receita, acabam por simplificar as soluções,
não cobrindo adequadamente todas as necessidades, principalmente as de
segurança e privacidade mas tendo produtos que chamam a atenção e atraem
compradores.
Por outro, temos a AllSeen
Alliance e a Open Connectivity
Foundation (OCF), formadas pelas gigantes do setor, como a Microsoft, LG,
Sony e Samsung, entre tantas, com algumas destas empresas participando nos dois
grupos. Elas também estão tentando definir padrões para a IoT.
Obviamente, nestes grupos de empresas há uma série de
interesses não declarados de cada participante, o que faz com que direcionem
sua influência a favor de suas ideias e contra as ideias dos seus
parceiros/concorrentes. Fica difícil para qualquer uma destas empresas apoiar
um padrão sugerido por uma de suas concorrentes, que já se encontra usando e
desenvolvendo produtos baseado nele. Isso, seguramente, se traduz em lentidão e
falta de foco.
Mas quando olhamos para a fatia da IoT que está dentro de nossas residências, seja através de “gadgets”
(pouquíssimo usados no Brasil), seja através de sistemas de automação
residencial, notamos que nenhum desses grupos como a AllSeen Alliance e a OCF
realmente se dedicam a fundo a melhorar o que já existe. Estão mais preocupados
em desenvolver novas tecnologias que atendam às necessidades da IoT fora de sua residência, preocupados
com alcance de redes e baixo consumo de energia e não olham para um parque
instalado muito grande que o mundo da automação residencial.
Este parque instalado já resolveu os problemas de alcance,
performance de rede e consumo de energia e está há anos se consolidando no mundo
real. As opções de conectividade como ZWave,
ZigBee e KNX já estão definidas e acessíveis ao fabricante, e são o caminho
natural da IoT para incluir as residências
em seu universo.
E aqui aparece um esforço de empresas, através da Z-Wave Alliance, que se dedica a
melhorar o que já existe, permitindo que sua base instalada possa fazer parte do
mundo IoT sem grandes esforços.
Esta aliança acaba de anunciar uma nova infraestrutura de
segurança para o protocolo Z-Wave, visando resolver as questões que têm
assustado o consumidor doméstico. E se preocuparam em manter o máximo de contabilidade
com versões anteriores (maiores informações neste link).
Este lançamento não só aproxima a automação residencial da Internet das Coisas como a coloca na
vanguarda ao oferecer ao mercado uma solução segurança no nível dos
dispositivos que está sendo implementada de imediato e que tem, naturalmente,
uma gigantesca base de clientes que, aos poucos, estará pronta para fazer parte
da IoT sem precisar abrir mão dos
benefícios de segurança, economia e conforto que a automação residencial já
propicia.
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