08 março 2017

Estudos e Pesquisas Ajudam ou Confundem?

Dois artigos publicados mais ou menos ao mesmo tempo:

O primeiro cita uma pesquisa publicada pela Gartner, feita na segunda metade de 2016, com 10 mil pessoas nos USA, Reino Unido e Austrália.

Segundo esta pesquisa, apenas 10% desse pessoal tinha pelo menos um aparelho doméstico conectado em casa. Fora isso, 75% responderam que estão satisfeitos com a forma como as coisas são feitas em suas casas hoje, com controles manuais e sem nenhum tipo de “inteligência”. A pesquisa informa, ainda, que, entre os que conhecem os conceitos de Internet das Coisas a rejeição à sua adoção atingiu 58%.

Já o segundo artigo cita um estudo publicado pela Aruba, uma empresa do grupo HP. Este estudo foi feito baseado em entrevistas com 3.100 tomadores de decisão das áreas de TI e de negócios em 20 países (incluindo o Brasil), ou seja, foi mais focado em empresas e indústrias. Segundo este estudo 85% dos negócios pretendem adotar IoT até 2019.

Cada artigo desenvolve o assunto ao seu jeito, o primeiro focando em possíveis motivos para esse desinteresse enquanto que o segundo vai mais a fundo analisando a adoção de IoT nos negócios hoje e no futuro. Recomendo a leitura de ambos (basta seguir os links acima).

Mas o que chama a atenção é que as manchetes destes dois artigos são contraditórias uma com a outra, causando confusão e até descrédito ao leitor menos atento.


E supondo que ambos estejam relatando números e opiniões realistas, temos um interessante ponto a ser analisado: consumidores não se interessam, mas as empresas vêm valor. Será possível termos uma Internet das Coisas mais “empresarial”, mais cuidando e melhorando negócios, e menos “casa inteligentes” aumentando o conforto e a eficiência de uma residência?

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