Dois artigos publicados mais ou menos ao mesmo tempo:
- Surpresa? Maioria dos consumidores não se interessa porInternet das Coisas, publicado no site da Tecmundo em 06/03/17
- IoT segue para a adoção em massa até 2019, publicado no site da Business Leaders, sem data oficial, mas aparentemente nos primeiros dias de março de 2017
O primeiro cita uma pesquisa publicada pela Gartner, feita na
segunda metade de 2016, com 10 mil pessoas nos USA, Reino Unido e Austrália.
Segundo esta pesquisa, apenas 10% desse pessoal tinha pelo
menos um aparelho doméstico conectado em casa. Fora isso, 75% responderam que
estão satisfeitos com a forma como as coisas são feitas em suas casas hoje, com
controles manuais e sem nenhum tipo de “inteligência”. A pesquisa informa,
ainda, que, entre os que conhecem os conceitos de Internet das Coisas a
rejeição à sua adoção atingiu 58%.
Já o segundo artigo cita um estudo publicado pela Aruba, uma
empresa do grupo HP. Este estudo foi feito baseado em entrevistas com 3.100
tomadores de decisão das áreas de TI e de negócios em 20 países (incluindo o
Brasil), ou seja, foi mais focado em empresas e indústrias. Segundo este estudo
85% dos negócios pretendem adotar IoT até 2019.
Cada artigo desenvolve o assunto ao seu jeito, o primeiro
focando em possíveis motivos para esse desinteresse enquanto que o segundo vai
mais a fundo analisando a adoção de IoT nos negócios hoje e no futuro. Recomendo
a leitura de ambos (basta seguir os links acima).
Mas o que chama a atenção é que as manchetes destes dois
artigos são contraditórias uma com a outra, causando confusão e até descrédito ao
leitor menos atento.
E supondo que ambos estejam relatando números e opiniões realistas,
temos um interessante ponto a ser analisado: consumidores não se interessam,
mas as empresas vêm valor. Será possível termos uma Internet das Coisas mais “empresarial”,
mais cuidando e melhorando negócios, e menos “casa inteligentes” aumentando o
conforto e a eficiência de uma residência?
Nenhum comentário:
Postar um comentário