As pessoas continuam confundindo Conectado com Inteligente. E
quando digo pessoas, me refiro a formadores de opinião sobre as tecnologias
vigentes e futuras, incluindo a tal da Internet das Coisas (IoT).

Um carro que lhe informe através de um app no seu smartphone
coisas como localização, quantidade de combustível ou que está na hora de
trocar o óleo não é inteligente, é apenas conectado.
Um controlador de temperatura que lhe permite mudar sua
configuração remotamente não é inteligente, é apenas conectado.
Já um carro que monitora uma série de parâmetros, os passa à
nuvem do fabricante, que, por sua vez, os analisa e consegue determinar desgastes
prematuros de peças, prever sua vida útil e informar preventivamente ao usuário
uma possível falha futura, isso é “inteligência”.
Um termostato que se comunica com a internet e consegue
obter a previsão do tempo e que também sabe se e quando há pessoas na residência,
e com isso ajusta suas configurações visando economia de energia, mas mantendo
um nível de conforto aceitável, isso sim é “inteligência”.
Pensando em IoT, se
um dispositivo capaz de prover dados sobre seu meio ambiente não fornecer estes
dados para sistemas de mais alto nível, então ele não é IoT; ele não está colaborando com a inteligência global. Passar
estes dados a um app no seu smartphone é apenas “conectado”.
Então, quando lemos artigos sobre números de dispositivos
conectados, deveríamos levar isso em consideração.
E foi lendo uma apresentação da BI Intelligence Team que
achei alguém que dá valor a esta diferença, talvez ajudando a explicar os
números díspares que temos visto circulando.
Segundo eles, em 2020 haverá 34 bilhões de dispositivos conectados à internet, dos quais 24 bilhões
serão dispositivos IoT. Pode continuar
sendo uma estimativa tirada do nada, mas pelo menos a diferenciação entre “conectado”
e “inteligente” (IoT) está feita.
E esta apresentação traz uma abordagem muito interessante
sobre a IoT que vale a pena ler. Abaixo
apresento alguns itens que gostei de ver publicados:
- A área que mais tem conseguido retorno sobre seus investimentos em IoT é a de manufatura industrial; em segundo a área bancária e, lá no fim, produtos para o consumidor final e o mercado de mídia e entretenimento. É interessante ver que a força momentânea da IoT está trabalhando sem alarde e com sucesso.
- Dos 24 bilhões de dispositivos IoT, 6 bilhões estarão diretamente relacionados com às Cidades Inteligentes.
- Segundo a McKinsey (2015) o mercado da Casa Inteligente está demorando para decolar; menos de 10% das residências nos Estados Unidos tinham algum dispositivo conectado, e os dois principais eram detector de fumaça/CO e termostato.
- Em geral, o preço da conectividade está multiplicando
por pelo menos 3 o preço das coisas comuns (números do mercado americano).
o Uma lâmpada comum 8 dólares, uma lâmpada conectada 25 dólares
o Uma câmera cabeada 31 dólares, uma conectada ao Nest 200 dólares
o Um termostato normal da Honeywell 18 dólares, um Nest 250 dólares
- A AT&T tem parceria com 8 montadoras de carro e em 2015 43% dos carros fabricados por estas oito montadoras saíram da fábrica com alguma conectividade (inclui Ford e GM)
- Um mercado crescente é o de seguros contra ataques cibernéticos.
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