12 fevereiro 2017

Solução ou Jeitinho?

Há alguns desafios na automação residencial para os quais ainda não temos soluções que possamos considerar adequadas.

Dois destes desafios estão muito relacionados um com o outro: detecção de presença e identificação de quem está presente.

Identificar a presença de uma pessoa em um determinado ambiente costuma ser feito através da identificação de movimento. Assim, uma pessoa que se deita no sofá e pega no sono deixa de existir. 
Há algumas tecnologias baseadas em assinaturas térmicas e medição de ruídos que tentam resolver esta situação, mas são caras e não são fáceis de encontrar no mercado.

Há ainda soluções que tentam identificar a entrada e saída de pessoas por uma determinada porta, fazendo a contabilidade e, assim, inferir se há pessoas no ambiente ou não.

O segundo desafio, que é a identificação de quem está presente no ambiente, normalmente é feito identificando, na realidade o smartphone do usuário.

Pois bem, a Leedarson está lançando um “sensor de chegada” (Arrival Sensor) que tem como objetivo informar ao sistema de automação residencial sobre a presença de uma determinada pessoa no ambiente. E como isso funciona?

Na verdade, é chaveiro, parecido com aquele de comando de portão, que a pessoa carrega consigo e, através de ZWave ou ZigBee, informa ao sistema sua presença na rede.

É uma boa solução? Tenho minhas dúvidas.

Primeiramente, se você for desenvolver algum automatismo realmente sério, depender de um objeto que pode ou não estar com a pessoa quando ela entra no ambiente não é uma boa ideia. Um sistema que tranque as portas se não detectar ninguém na residência pode trancar o esquecido que deixou o chaveiro dentro do carro.

Temos ainda que considerar o sistema de automação em si. Não é só porque o sensor usa protocolos como ZWave ou ZigBee que o sistema saberá tratar as informações.

E, pesquisando no site deles (link), descobrimos que o sensor utiliza bateria recarregável, tendo, então, mais esta preocupação periódica (o site diz que a bateria ter duração de um mês).

Será esta mais uma solução “jeitinho” que será usada esporadicamente mas sem seriedade, apenas para divertir, acendendo a luz vermelha toda vez que o pai ou a mãe entra em casa?


Entendo que os dois desafios são grandes, mas não merecemos soluções mais consistentes?

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