Há alguns desafios na automação residencial para os quais
ainda não temos soluções que possamos considerar adequadas.
Dois destes desafios estão muito relacionados um com o outro:
detecção de presença e identificação de quem está presente.
Identificar a presença de uma pessoa em um determinado
ambiente costuma ser feito através da identificação de movimento. Assim, uma
pessoa que se deita no sofá e pega no sono deixa de existir.
Há algumas
tecnologias baseadas em assinaturas térmicas e medição de ruídos que tentam
resolver esta situação, mas são caras e não são fáceis de encontrar no mercado.
Há ainda soluções que tentam identificar a entrada e saída
de pessoas por uma determinada porta, fazendo a contabilidade e, assim, inferir
se há pessoas no ambiente ou não.
O segundo desafio, que é a identificação de quem está
presente no ambiente, normalmente é feito identificando, na realidade o
smartphone do usuário.
Pois bem, a Leedarson está lançando um “sensor de chegada” (Arrival
Sensor) que tem como objetivo informar ao sistema de automação residencial
sobre a presença de uma determinada pessoa no ambiente. E como isso funciona?
Na verdade, é chaveiro, parecido com aquele de comando de
portão, que a pessoa carrega consigo e, através de ZWave ou ZigBee, informa ao
sistema sua presença na rede.
É uma boa solução? Tenho minhas dúvidas.
Primeiramente, se você for desenvolver algum automatismo
realmente sério, depender de um objeto que pode ou não estar com a pessoa
quando ela entra no ambiente não é uma boa ideia. Um sistema que tranque as portas
se não detectar ninguém na residência pode trancar o esquecido que deixou o
chaveiro dentro do carro.
Temos ainda que considerar o sistema de automação em si. Não
é só porque o sensor usa protocolos como ZWave ou ZigBee que o sistema saberá
tratar as informações.
E, pesquisando no site deles (link), descobrimos que o
sensor utiliza bateria recarregável, tendo, então, mais esta preocupação periódica
(o site diz que a bateria ter duração de um mês).
Será esta mais uma solução “jeitinho” que será usada esporadicamente
mas sem seriedade, apenas para divertir, acendendo a luz vermelha toda vez que
o pai ou a mãe entra em casa?
Entendo que os dois desafios são grandes, mas não merecemos
soluções mais consistentes?
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