As pequenas notícias que aparecem na Internet sobre
tecnologia, relacionada ou não à Internet das Coisas, me fizeram pensar e
lembrar.
Uma delas é sobre o crescente uso da voz como forma de
interagir com os sistemas inteligentes, desde seu smartphone (através de seus
ajudantes virtuais) até seus equipamentos mais caseiros como uma lâmpada.
Muitos anos atrás, muitos mesmo, uma amiga minha, a Tânia,
apregoava que o teclado seria substituído pela fala em computadores (mal
existiam os celulares tipo tijolo). Eu discordei de imediato! E o meu motivo não
era a tecnologia ser capaz ou não de lidar com isso, mas a mente humana que,
para os que sabem escrever, diferencia os processos criativos da fala e da
escrita mais formal. Eu duvidava, e ainda duvido, que o ser humano conseguisse criar
um texto, revisá-lo, deixá-lo mais consistente e convincente apenas usando sua
fala para uma máquina que transcreveria tudo para a forma escrita.
Pois bem, a notícia na internet era justamente falando sobre
a constatação que as pessoas podem até usar a voz para buscas simples na
internet, e aceitam ter as respostas faladas para elas, mas nas buscas mais complexas
preferem usar o teclado e alguma forma de visualização das respostas.
Eu chamaria, então, esta tecnologia de aditiva mas não substitutiva
ou disruptiva.
A outra notícia é sobre o possível uso (futuro próximo) de
equipamentos como o Amazon Echo ou Google home como seu telefone. Ou seja, você
usaria o equipamento diretamente para fazer a chamada, e falar com a pessoa
chamada, em viva voz (ou possivelmente através de fones Bluetooth).
Eu confesso que gostei desta ideia e da comodidade que isto
pode oferecer, mas espere um pouco, eu
já não tenho isso no smartphone? Não posso
falar com ele e pedir que ligue para um contato?
Então, exatamente o que está acontecendo? Está sobrando
capacidade de processamento, então vamos aproveitar e usar? Pode até ser, mas
eu vejo aqui algo mais disruptivo. Como estes equipamentos vão usar serviços
parecidos com o Skype, ou seja, voz sobre a internet, eles estão, de certa
forma, se somando às ameaças às empresas de telefonia mais convencionais.
Isso é bom? Não saberia dizer, ainda.
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