Saiu ontem na mídia uma notícia muito interessante para nós
do mundo da Casa Conectada/Inteligente:
O Instituto Nacional de Telecomunicações – INATEL, juntamente
com a empresa nacional Pixel TI e com a francesa Thales Group, estão
viabilizando um projeto para a criação de gateway para aplicação residencial.
Ainda não há muitas informações técnicas a respeito, mas o artigo
(leia ele aqui)
menciona que o gateway irá utilizar a rede NB-IoT (Narrowband IoT) para interligar
os vários dispositivos da residência à Nuvem.
A ideia de termos um gateway que não dependa do WiFi da residência
me parece muito boa. Sabemos da dificuldade que o morador tem em conectar
dispositivos não tradicionais à sua rede doméstica. E mais dificuldade tem ao
gerenciar esta rede quando, por exemplo, altera a senha; se não fizer a
alteração em todos os dispositivos conectados, o morador fica com uma casa
desconectada.
Mas, como ainda não sabemos muito sobre este
desenvolvimento, me permitam definir o que eu gostaria de ver nesse gateway.
Esse gateway seria multiprotocolo.
Eu gostaria de ver este gateway saber lidar com ambos os protocolos
sem complicações para o usuário.
Temos ainda muitos dispositivos utilizando WiFi e Bluetooth,
e estes protocolos têm suas vantagens e suas aplicações. Eu gostaria de ver
este gateway também saber lidar com eles.
Como este gateway se comunica com a Nuvem através de um
protocolo IoT provido por empresas terceiras, posso imaginar que praticamente
nunca eu vá perder a comunicação com o gateway, bastando ter um smartphone
conectado à Internet. Mas, e se a rede IoT falhar? Que bom seria se esse
gateway conseguisse entrar na minha rede doméstica e me dar um mínimo de
controle sobre meus dispositivos conectados.
Mas esse gateway não viria sozinho. Por um lado, eu teria
todo e qualquer fabricante de produtos conectados que utilizem de forma correta
os protocolos oferecidos pelo gateway, me dando liberdade de escolha e criando
uma concorrência saudável para os preços ao consumidor.
E por outro lado, este gateway estaria intrinsicamente
conectado a uma plataforma na nuvem que me oferecesse a inimaginável gama de
serviços que a junção de IoT, Big Data e Inteligência Artificial possa me
oferecer.
E como essa plataforma estaria também disponível para terceiros
interessados em desenvolver aplicações, eu poderia escolher os serviços e seus fornecedores
sem me preocupar com detalhes técnicos. E como estaríamos num mundo universalizado
pelos conceitos IoT, estes desenvolvedores também não precisariam se preocupar com
quais produtos eu teria; eles somente precisariam focar nos dados e informações,
já padronizados, que eu estaria oferecendo a eles.
E como eu acredito no balanço econômico entre forças, toda essa
conectividade e esses serviços na nuvem seriam de graça! Ou melhor, seriam em
troca de poderem utilizar meus dados, de forma segura e anônima, para aprenderem
mais de nós, usuários de produtos conectados; saber como nos comportamos e
quais nossas preferências são informações muito úteis para que estes
prestadores de serviços a ofereçam a outros fabricantes. Eles que paguem o
custo de eu deixar usar minhas informações.
Mas, vamos guardar o sonho um pouco e esperar por mais
notícias. Espero que esta iniciativa realmente se concretize em produtos e
soluções brasileiras que atendam tanto o nosso mercado quanto mundialmente.
PS: um pouquinho mais de sonho: quando teremos os dispositivos inteligentes diretamente conectados à nuvem usando redes como o NB-IoT, onde eu simplesmente coloque o dispositivo na tomada e informe à nuvem, via aplicativo, que este equipamento me pertence e tudo se configura automaticamente?
Mas vamos em frente, INATEL, Pixel TI e Thales Group! Estamos
torcendo pelo seu sucesso! Nos deixem informados dos desenvolvimentos!
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