Você sabia que já há várias iniciativas estruturantes para
ajudar a se implementar as Cidades Inteligentes no Brasil? A lista abaixo foi obtida
nos documentos do Plano Nacional de IoT. As descrições também foram
retiradas do Plano.
Uma análise rápida mostra que são iniciativas interessantes
e que estão focando em pontos importantes para se criar uma infraestrutura que facilite
a implementação de Cidades Inteligentes no Brasil. Parece haver uma certa redundância
de inciativas, mas é possível também ver que estão preocupados em trocar informações
entre si para evitar a perda de rumo ou, pior ainda, desenvolverem rumos antagônicos,
que depois brigarão por recursos e atenção governamental.
Resta acompanhar para vermos a produtividade e objetividade
destes grupos. Cada uma destas iniciativas será tema de posts futuros no nosso
blog, visando entender o que têm produzido de prático.
Criada em 2013, reúne as 350 maiores cidades brasileiras e é
formada por secretários e dirigentes municipais de ciência, tecnologia e
inovação, secretários municipais de desenvolvimento econômico, universidades e
membros da iniciativa privada.
Com o objetivo de criar um conceito comum a respeito do tema
com características brasileiras, a Rede lançou um estudo relevante sobre
cidades intitulado “Brasil 2030: Cidades Inteligentes e Humanas” e vem apoiando
o surgimento de outras iniciativas estruturantes como a Frente Parlamentar
Mista em Apoio às Cidades Inteligentes e Humanas.
O conceito de “cidades inteligentes e humanas” que eles
apresentam é muito abrangente e retrata de forma clara o que é necessário:
“As Cidades Inteligentes e Humanas são aquelas que se dotam de uma infraestrutura tecnológica interoperável, necessária para conectar todos os hardwares, softwares e aplicações existentes ou que venham a existir, de uma maneira que se transformem em uma plataforma que funcione como um nó que conecte todas as demais plataformas, permitindo à cidade que integre todos os dados e informações gerados, para ter um sistema de informações gerenciais aberto e transparente, de uma maneira que a tecnologia sirva de apoio à melhora da qualidade de vida das pessoas, sempre com sua participação em um processo co-criativo com o poder público”.
Criada em 2016, no âmbito do Congresso Nacional, a Frente
Parlamentar Mista em Apoio às Cidades Inteligentes e Humanas tem o objetivo de
promover uma revisão da legislação brasileira para facilitar o desenvolvimento
das cidades inteligentes e humanas.
Com mais de 250 membros signatários, compostos de deputados
e senadores, foram identificadas 25 propostas de extrema importância para o
setor, e eleitas cinco prioridades iniciais:
·
Revisão da lei de
PPPs.
·
Alteração da lei
da Cosip/CIP – Contribuição
para o Serviço de Iluminação Pública.
·
Compartilhamento de infraestrutura entre
diferentes setores (telecomunicações,
transportes, petróleo e energia elétrica).
·
Desoneração da
comunicação de dados entre dispositivos de IoT
(incluindo M2M).
·
Criação de um
banco de dados de informações para estruturação de projetos por porte de municípios.
Em 2017, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
(ABDI) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
firmaram um acordo de cooperação técnica com objetivo de criar um ambiente de
demonstração de tecnologias para cidades inteligentes (ou living labs).
Iniciativa inédita no país, o projeto prevê a instalação de
um ambiente real (minicidade) no campus do Instituto, em Xerém (RJ), onde
empresas serão convidadas a instalar seus produtos e soluções relacionados com
IoT e outras tecnologias voltadas para cidades inteligentes, permitindo testar,
avaliar e qualificar os produtos e soluções quanto à interoperabilidade,
segurança, desempenho, entre outros quesitos. Espera-se que os resultados dos
testes subsidiem a definição de programas de conformidade para tecnologias
voltadas para cidades inteligentes, além de propostas para estímulo do mercado
e o desenvolvimento das indústrias.
De forma prática, a iniciativa disponibilizará as
referências tecnológicas básicas para implantação nos municípios, bem como
guias para avaliação e conhecimento de soluções tecnológicas aplicadas,
incluindo tecnologias de infraestrutura.
Grupo de Trabalho
Governamental para o Desenvolvimento de Cidades Inteligentes.
Criado em 2015, o Grupo de Trabalho Governamental para
Desenvolvimento de Cidades Inteligentes busca integrar as ações das esferas
governamentais na temática de cidades inteligentes e humanas. Envolvendo 17
instituições governamentais, além de centros de pesquisa e inovação,
universidades, empresas de tecnologia e especialistas em Tecnologia da
Informação e Comunicações (TIC), o Grupo objetiva discutir e definir uma pauta
para o desenvolvimento das redes e das cidades inteligentes e humanas no
Brasil.
Trabalhando de forma complementar à Frente Parlamentar Mista
em Apoio às Cidades Inteligentes e Humanas, o Grupo apoia a definição de
prioridades para a agenda de smart cities e tem como uma das grandes pautas de
discussão o tema de interoperabilidade.
Programa Minha Cidade
Inteligente.
Lançado em maio de 2016, o programa Minha Cidade Inteligente
é parte integrante do programa Brasil Inteligente e tem como objetivo apoiar a
instalação de infraestrutura de hardware e de telecomunicações em municípios
selecionados em território nacional.
O programa representa um esforço de continuidade do projeto
Cidades Digitais, lançado em 2011, cujo intuito principal é conectar órgãos
públicos e fornecer internet grátis em locais públicos dos municípios.
O programa Minha Cidade Inteligente, por sua vez, apresenta
objetivos similares ao “Cidades Digitais” e recebeu 17246 propostas de projetos
de municípios interessados de 22 dos 27 estados do país.
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