O profissional bem sucedido no novo mundo da Internet das Coisas é aquele que
arquiteta o uso inteligente das informações, visando benefícios e retorno financeiro.
A possibilidade podermos trabalhar com um número infindo de
dados, em tempo real, e vindo de praticamente qualquer lugar que queiramos abre
a oportunidade de se criar usos para estes dados nunca antes imaginados.
Há, certamente, uma série de outras inteligências envolvidas
para que tudo dê certo. Temos os fabricantes de sensores e atuadores, com seus próprios
desafios: tamanho, consumo de energia, confiabilidade, etc. E nesta área temos
já sinais claros de que estes fabricantes sabem o que fazer e estão indo bem
nesse processo.
E temos também que transportar estes dados através de redes
e soluções de comunicação. Esta área está mais que bem coberta pelas soluções
que estão em fase final de desenvolvimento e testes. Se pensarmos nas alianças
e consórcios trabalhando para padronizar protocolos, as coisas estão indo mais
devagar, mas eventualmente se resolverão.
A infraestrutura para receber, armazenar e tratar estes
dados estão também disponíveis através das gigantes como Apple, Amazon, Google
e Microsoft. As ferramentas de software para análise e validação já existem faz
tempo.
O que está faltando é a mente criativa para saber o que
fazer com essas informações, de forma a trazer benefícios a determinados grupos
e rentabilidade a outros. Não que elas não existam, mas atualmente são poucas e
estão dedicadas a outras áreas de criação.
Enquanto estas mentes criativas não se destacam, vemos
aplicações que já existiam se tornando mais difundidas apenas pela redução no
custo de sensores, transmissão, armazenamento e tratamento de dados.
Dois exemplos sobre os quais li recentemente mostram isso
(na verdade era num artigo provavelmente direcionado para um determinado
fabricante).
O primeiro era o uso de sensores detectores de veículos em
vagas de estacionamento com seus parquímetros. O sistema monitora a vaga e o
pagamento e registra qualquer uso indevido da vaga. Principal vantagem para
implementar esta solução: redução de custo de instalação, redução de custo de
operação, maior eficiência no uso do espaço e acompanhamento da taxa de ocupação.
Inteligente e criativo? Nem um pouco. Talvez numa próxima etapa
informar ao usuário onde há vagas disponíveis... ou ainda melhor, permitir a
reserva de vagas pelo usuário. Melhorou. Mas vamos ser mais criativos: você diz
onde vai, seu software tipo Waze já escolhe o estacionamento mais perto,
reserva sua vaga e o direciona até ela. Fui criativo?
O outro exemplo era de uma rede de entrega de pizzas. Eles monitoram
as temperaturas das suas lojas, em especial dos espaços de armazenamento de
alimentos. O benefício aqui é um acompanhamento em tempo real visando garantir
a qualidade dos produtos e reduzir os desperdícios. Precisa de IoT para isso? Antigamente podíamos fazer
isso por linha telefônica, discando periodicamente para uma central e passando
as informações!
Vamos ser mais criativos? Que tal colocar os sensores nas
pizzas sendo entregues? Aí o cliente ficaria sabendo quando a pizza saiu para
ser entregue, qual a temperatura em que deixou a loja e qual a temperatura
quando ela foi entregue.
Um pouco melhor? Fui mais criativo? Será que tenho chance de
ser bem-sucedido nesta área? 😊😊😊
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