O termo Nuvem talvez tenha sido muito bem aplicado para
citar uma série de serviços computacionais e armazenamento de dados que estão
sendo processados de forma distribuída pelos inúmeros servidores espalhados na
Internet.
O termo quer dizer que você nunca saberá onde as cosas estão
acontecendo, mas que você não precisa se preocupar, pois é justamente esta
distribuição um fator de segurança.
Pois bem, não é bem assim. Algumas das gigantes como Amazon,
Google e Microsoft são donas de boa parte da capacidade de processamento desta
nuvem, o que pode causar gargalos perigosos.
Nesta última terça, 28 de fevereiro de 2017, servidores de
um datacenter da Amazon S3 (Amazon Simple Storage Service) começaram a
apresentar falhas, degradando e até interrompendo os serviços de armazenagem.
E eu com isso? Eu não uso o Amazon Web Services. Engano seu!
Você pode não usar diretamente, mas muitos outros sites e serviços o utilizam e
estes ficaram no mínimo instáveis durante estas falhas.
Se você usa Trello, Slack, Quora, IFTTT ou Alexa, você pode
ter sido afetado pela falha nos servidores da Amazon sim senhor!. Para ter uma
ideia, até o site da Amazon que avisa sobre alguma indisponibilidade nos seus
serviços estava fora do ar!
E porque isso é importante? Porque a Internet das Coisas
(IoT) vai seguramente utilizar muitos serviços na Nuvem e vai naturalmente transferir
para a Nuvem maior responsabilidade sobre as informações que você precisa para
tomar decisões, ou mesmo as decisões que serão tomadas automaticamente.
Ao contratarmos serviços de IoT num futuro próximo não saberemos
na realidade em quem estamos depositando nossa confiança de um serviço 100% disponível.
Isto não é diferente do que acontece hoje (basta ver a repercussão da falha da Amazon),
mas deverá haver maior transparência para que o usuário possa escolher com mais
cuidado quem serão seus prestadores de serviços.
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